Força, prevenção e longevidade: como proteger músculos e articulações na maturidade feminina
- FuziOn Comunicação
- há 6 dias
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Com o avanço da idade, o corpo da mulher passa por mudanças profundas físicas, hormonais e metabólicas. É comum ouvir que, depois dos 40, tudo “fica mais difícil”. Mas o que a maioria das pessoas não sabe é que, com o olhar certo e estratégias bem direcionadas, é possível prevenir lesões, preservar a força muscular e envelhecer com mobilidade e autonomia.
Esse artigo é um convite ao conhecimento. Entenda como as transformações da menopausa impactam músculos, ossos e articulações e o que você pode fazer para continuar se movendo com segurança e confiança em todas as fases da vida.
Por que a mulher madura tem mais risco de lesões?
Durante a perimenopausa e menopausa, há uma queda progressiva e significativa de hormônios como estrogênio, progesterona e DHEA, que têm funções protetoras em diversos tecidos do corpo.
Essa queda hormonal impacta diretamente na:
Redução da massa muscular (sarcopenia)
Perda de densidade óssea (osteopenia/osteoporose)
Rigidez articular
Desidratação dos discos intervertebrais
Alterações de equilíbrio, coordenação e reflexo
A consequência? Um corpo mais vulnerável a quedas, torções, dores crônicas, lesões ligamentares e fraturas mesmo durante atividades rotineiras, como subir escadas, pegar peso ou praticar uma caminhada.
A importância do músculo para muito além da estética
O músculo é um órgão ativo e vital. Ele protege articulações, sustenta a coluna, participa do metabolismo da glicose, produz substâncias anti-inflamatórias e regula até o humor.
Na prática, preservar a massa muscular ajuda a:
Manter o equilíbrio corporal
Reduzir o risco de quedas e fraturas
Aumentar a longevidade saudável
Melhorar a cognição e a saúde mental
Apoiar o emagrecimento e o controle do peso
Na maturidade, a mulher não deve apenas manter músculos: ela precisa recuperar o que já perdeu e proteger o que ainda tem.
Menopausa, estrogênio e o impacto nas articulações
O estrogênio tem um papel central na saúde dos tecidos conjuntivos. Ele hidrata as articulações, melhora a flexibilidade dos tendões, favorece a recuperação muscular e modula processos inflamatórios. Sem ele, o corpo pode se tornar mais rígido, sensível e vulnerável.
É por isso que muitas mulheres relatam dor articular, dificuldade de mobilidade ou “corpo travado” após os 45 anos. A boa notícia? Com o suporte médico adequado, essas alterações não precisam ser permanentes.
Reposição hormonal pode ajudar a prevenir lesões?
Em muitos casos, sim. A terapia de reposição hormonal (TRH), quando bem indicada e acompanhada por um profissional especializado, pode restaurar parte da proteção natural do estrogênio sobre ossos, músculos e articulações.
Além de aliviar sintomas como ondas de calor e insônia, a TRH pode:
Reduzir o risco de osteoporose
Melhorar o tônus muscular
Aumentar a lubrificação articular
Favorecer a recuperação pós-exercício
Claro: a indicação é individual. Mas ignorar o papel dos hormônios na saúde musculoesquelética é fechar os olhos para um dos maiores aliados da longevidade feminina.
Dra. Letícia Taff - Especialista em Saúde e Bem-estar da mulher.
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